O flagrante de porcos sendo abatidos e vendidos em condições precárias, além de peixe resfriado comercializado e manipulado fora dos padrões de higiene estabelecidos pelos órgãos de saúde foram apenas algumas das irregularidades encontradas por agentes da Coordenadoria de Ordem Pública na mega-operação iniciada pela prefeitura de Belém na área do canal São Joaquim na manhã desta segunda-feira, 09.
A ação envolve mais de mil profissionais de diversas secretarias e órgãos do município estão envolvidos no trabalho que não tem data para terminar e pretende beneficiar a população moradora e trabalhadora do local com ações de urbanização,limpeza, retirada de entulho, capina, fiscalização e ordenamento de venda de alimentos, desobstrução do passeio público, melhoria das condições de saneamento, educação ambiental e ações de saúde entre outras.
A ação de ordenamento público iniciada nesta segunda-feira, 09, começou próximo da Avenida Júlio Cesar e vai percorrer todos os mais de 13 quilômetros do canal São Joaquim, que compreende os bairros de Val-de-Cães e Barreiro, em benefício das famílias residentes às margens do curso d’água. “Todos os moradores do entorno do canal serão afetados de maneira positiva, afinal de contas esse mato em toda a extensão do canal acaba ‘ajudando’ o crime, pois os ladrões ficam entocados a espera de vítimas”, explica o coordenador da operação, Oseas Batista da Silva Jr.
A aposentada Raimunda Cosme, moradora há 22 anos da frente do canal ficou otimista com a ação da prefeitura. “Todos os dias os bandidos vem para a área roubar quem passa a pé, e de carro. A falta de iluminação pública torna isso aqui ainda mais perigoso”, afirma Raimunda.
Cerca de mil agentes, entre os de saúde e meio ambiente, vão passar nas casas próximas ao canal para o trabalho de educação e preservação da natureza aos moradores. Eles também vão checar denúncias da comunidade, como a de abatimento e venda de porcos e pescado que resultaram no flagrante de irregularidade neste primeiro dia de operação.
Sidenei Gama, flagrado vendendo peixe em desacordo com as normas de higiene, informou que começou na atividade há dez dias reconhece o problema. “Eu tenho carteira de manipulador e já trabalhei em peixaria, como estou desempregado essa foi a forma que encontrei para trabalhar. Sei que tenho de me adequar e farei isso o mais rápido possível”, garantiu.
A engenheira sanitarista da Vigilância Sanitária Ilka D’Avis explicou que para poderem manipular e vender os peixes é necessário que o produto seja condicionado de maneira correta, em balcões refrigerados ou em camas de gelo.
Dezoito caçambas de lixo e entulho retiradas no primeiro dia da ação.
Pneus, garrafões de água mineral, sacos plásticos, restos de construção, televisores e até móveis foram retirados das margens do canal beneficiado há 15 anos pela macro drenagem.
Mais de cem homens da Secretaria Municipal de Saneamento de Belém (Sesan) foram mobilizados para a capina e limpeza das margens do canal. Foram necessárias 18 caçambas e quatro máquinas pesadas para a retirada de entulho e lixo.
Com a retirada do lixo e do entulho pelos agentes de limpeza, foi recuperado o sítio Onga Monga, espaço verde com bananeiras,pimenteiras e ameixeiras, entre outras árvores frutíferas usado pelas famílias da área como local de lazer e festas nos finais de semana, para tentar evitar o despejo de lixo.
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