Esse ditado popular é muito sábio. Nele, quando duas pessoas tem problemas pessoais devem resolve-los longe das vistas dos outros.
Infelizmente não é isso que está acontecendo na capital paraense, dois mandatários de meios de comunicação - vamos chama-los de R. M. e J. B. – usaram seus jornais para colocar suas desavenças a vista de seus leitores.
Cada um trata o outro por adjetivos como “safado”, “canalha”, “sem-vergonha”, “chantagista”, “corrupto” “travestido”, “fortes características femininas”, “fraudador”, “paranoico”, entre outros que só não conseguem ser piores do que os encontrados na carta escrita pelo falecido Hélio Gueiros enviada para o jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto.
Essa briga – que vem se arrastando há décadas – teve um novo capítulo na ultima semana, quando um desses senhores (R. M.) estava sendo esperado para prestar esclarecimento na Justiça Federal sobre a sua possível participação em um esquema envolvendo fraude e desvio de recursos públicos juntamente com um irmã e mais três diretores da empresa de sua família.
Segundo os jornalistas que estavam no prédio federal o juiz que presidia o caso, “ameaçou e coagiu” os mesmos dizendo que “caso não saíssem do prédio, eles seriam presos pela polícia federal”. Foi a gota d’agua.
Durante toda a semana o jornal do senhor J. B. publicou matérias atacando o empresário R. M., até que na ultima sexta-feira, 20 de maio, em uma carta escrita e publica na capa do seu jornal, o mandatário R. M. começou um ataque usando os termos descritos anteriormente, J. B. não deixou passar e também publicou uma carta tão grosseira quanto a escrita pelo seu antagonista, mas sem assina-la.
Mas como nada fica sem uma resposta, R. M. mandou preparar um dossiê sobre o seu rival J. B., um documento detalhado contando todos os seus “podres” e publicando-o em um encarte especial no seu jornal de domingo, que foi vendido rapidamente.
Hoje, segunda-feira, 23 de maio, J. B. estampou em seu jornal duas paginas falando de sua vida pública – de forma resumida – mostrando o que ele fez pelo estado do Pará.
Ficam algumas perguntas no ar. Os leitores são obrigados a ficar no meio deste duelo? Até quando isso vai durar? Será que o povo paraense terá que aguentar esta “richa” que mais parece a descrita pelo dramaturgo inglês William Shakespeare sobre as famílias Capuletos e os Montecchios? Mesmo por que a possibilidade de um Romeu e uma Julieta existirem nessas famílias é impossível!
E pelo jeito o povo vai ter que continuar no meio deste duelo por mais algum tempo. Tempo esse que deveria ser utilizados pelos mandatários J.B e R. M. em seus jornais para informar os leitores sobres às mazelas que acontecem no Pará, no Brasil e no mundo.
Ambos se acham os donos da verdade, podem até achar que sim, mas infelizmente não o são, seus meios de comunicação – como todos os outros que aqui existem – servem como mediadores, mostrando ao povo o que acontece no mundo, quem deve realmente determinar quem fala a verdade são leitores, telespectadores, ouvintes e internautas.
Os meios de comunicação são privados, mas a informação é publica! É de todo aquele que vive em Belém, no interior do estado, no Brasil e no mundo.
Ninguém é obrigado a aturar as brigas desses senhores ou de quaisquer outro. Já que os dois se sentiram ofendidos, que vão para a justiça processar um ao outro, e não usar os meios de comunicação como armas, talvez ele não percebam (ou não se importam mesmo), mas os leitores são os que mais afetados por esta guerra banal e sem sentido.
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