Na ultima quarta-feira (27), o Supremo Tribunal Federal (STF), negou o recurso extraordinário que fora ajuizado pela defesa do deputado federal e candidato ao Senado Jader Barbalho (PMDB-PA), contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tirou do páreo nas ultimas eleições.
O julgamento terminou em empate de 5 a 5 e, por sugestão do ministro Celso de Mello, o artigo 205 do regimento interno foi aplicado. O artigo diz que: “havendo votado todos os Ministros, salvo os impedidos ou licenciados por período remanescente superior a três meses, prevalecerá o ato impugnado”. O que isso quer dizer? Simples, fica confirmado que por decisão da Justiça Eleitoral a impugnação da candidatura de Jader através da Lei da Ficha Limpa fica valendo.
Jader teria aproximadamente 1,8 milhões de votos, quase a mesma quantidade do candidato eleito Flexa Ribeiro (PSDB), mas quem vai para Brasília em seu lugar será a candidata Marino Brito (PSOL), pelo menos até agora a mesma canta vitória.
Com o resultado, Jader ficará inelegível, pelo menos até o próximo ano, já que ele afirma que pode ser candidato até o dia 31 de janeiro de 2011, daqui a três. Barbalho diz que o PMDB vai pedir ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará a realização de nova eleição para o Senado.
Se o partido conseguir nova eleição, será que Jader terá o mesmo número de votos? E os candidatos Flexa e Marino estarão prontos para disputar mais uma vez contra Barbalho? Até agora essas e outras perguntas ficarão pairando no ar.
No ultimo domingo (31), Jader Barbalho escreveu um artigo afirmando que tudo que fora feito contra ele nesta ultima eleição foi fruto do medo e inveja de seus adversários políticos e empresariais – todos sabem a quem ele se refere.
Afirma ainda em seu texto que “...são uma família de mentirosos, cuja dupla origem genética está no crime...”. Jader Barbalho usa palavras duras contra seus inimigos, o que pode lhe render uma ação de Difamação (art. 139), já que a mesma consiste em atribuir a alguém fato determinado ofensivo à sua reputação.
Independente do que possa acontecer com Jader, à perda “temporária” de seu poder político acabará afetando o seu herdeiro Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua.
Jader Barbalho tem um sonho (como todo pai), quer ver seu filho governador do Pará. Caso ele não consiga ser elevado ao Senado, Jader terá que lutar com unhas e dentes para não ver seu império político espoliado.
O eleitor esta mais exigente – pelo menos é o que parece – “cobrando” mais daqueles que receberam seu voto, não “aceitando” promessas vans. Mesmo assim, ainda existe uma parcela da população que vende seu voto por benefícios pessoais, esquecendo que a o que deve prevalecer é a maioria e não apenas um indivíduo.
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